Neste segundo dia do Tríduo Pascal não há celebração litúrgica, a não ser a Liturgia das Horas. O Missal de S. Paulo VI, na rubrica sobre o Sábado Santo diz apenas: «No Sábado  Santo, a Igreja permanece junto do sepulcro do Senhor, meditando na Sua Paixão e Morte, e abstendo-se do sacrifício da Missa, até ao momento em que, depois da Solene Vigília ou expectação nocturna da Ressurreição, se der lugar à alegria pascal».

O Sábado Santo é o dia de Cristo no túmulo mas é também o dia da sua descida à mansão dos mortos, em que abriu aos justos que O tinham precedido na morte, as portas do céu, segundo aquilo que disse ao bom ladrão: «Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso».

Sobre esta verdade que professamos no Símbolo da fé: «desceu aos infernos», há uma homilia de Sábado Santo (séc. IV) muito sugestiva, que começa por dizer: «Um grande silêncio reina hoje sobre a terra, um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei dorme; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam há séculos. Deus morreu  segundo a carne e acordou a região dos mortos».

Procuremos viver este Sábado Santo num silêncio contemplativo junto ao sepulcro de Cristo, na alegre esperança de celebrarmos a Vigília Pascal ao cair da noite, em que se inicia o «terceiro dia», o dia da Ressurreição do Senhor.

Padre Ângelo Valadão

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