Se hoje não fosse o 3º Domingo do Tempo Comum, estaríamos a celebrar a Memória Litúrgica de S. Francisco de Sales.

Francisco nasceu de uma família nobre, no castelo de Sales, na Saboia, em 1567. Fez os seus estudos em Paris, no Colégio de Clermont, na Sorbona e finalmente em Pádua, obtendo o doutoramento em Direito Civil e Eclesiástico, em 1591.

Foi ordenado sacerdote em 1593, recebendo do bispo de Genebra, então refugiado em Annecy, a missão de reconduzir ao catolicismo  a região de Chablais, que aderira à reforma Calvinista. Francisco de Sales decide então distribuir uns folhetos, onde refutava os argumentos da teologia calvinista e expunha a teologia católica. Retomados  e desenvolvidos estes folhetos deram origem, mais tarde ao «Livro das Controvérsias».

Após uma breve estadia em Roma foi nomeado coadjutor do bispo  de Genebra, em 1599 e ao qual sucedeu em 1602, sem, todavia, poder residir na cidade episcopal. A pregação tomou-lhe a maior parte do seu tempo e das suas energias, procurando pôr em prática as reformas do Concílio de Trento. Foi em Dijon que encontrou Joana Frémiot de Chantal, com quem fundou a Ordem Religiosa da Visitação.

A sua experiência de orientador espiritual levou-o a escrever, para além do «Tratado do Amor Divino», a sua obra emblemática: «Introdução à Vida Devota», um manual de espiritualidade para ser vivida no mundo, consoante os diversos estados de vida.  Poderíamos dizer que este livro é uma espécie de «breviário espiritual dos leigos», um livro de ascética ao alcance de todos os cristãos de boa vontade, a quem oferece uma «via segura, fácil e suave», como descreve o breve para a sua proclamação como Doutor da Igreja, pelo Papa Pio IX, em 1887.

Faleceu em Lião a 26 de Dezembro de 1622, mas os seus restos mortais foram transladados para Annecy, no dia 24 de Janeiro de 1623.

Padre Ângelo Valadão

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