Contam-nos os Evangelhos que, na última tarde da sua vida terrena, Jesus reuniu-se com os discípulos para uma refeição de festa. Foi Ele mesmo que deu indicações precisas sobre o lugar da Ceia e os preparativos para ela e os Evangelhos deixam entender que se tratou da refeição solene da Páscoa. Esta refeição, que ainda hoje é celebrada pelo povo judeu, comemorava a libertação do cativeiro do Egipto. Foi assim que o Senhor Jesus entrou na sua Paixão, fazendo desta refeição da Nova Aliança concluída no Seu Sangue, instituindo sob os sinais do «pão partido» e da «taça partilhada», transformados no Seu Corpo e Sangue, o memorial do sacrifício que Ele ofereceria no dia seguinte sobre a Cruz.

É com esta celebração que termina o tempo da Quaresma e se inicia o Tríduo Pascal,

Três acontecimentos estão presentes nesta celebração:

1. A instituição da Eucaristia, presença continuada do Senhor no meio de nós, sob a forma de alimento.

2. A instituição do sacerdócio ministerial, dando aos Apóstolos e, na pessoa deles aos seus sucessores o poder de continuarem a realizar este sinal em Sua memória: «Fazei isto em memória de Mim».

3. A proclamação do Mandamento Novo da Caridade expresso no gesto humilde do lava-pés, como sinal de serviço ao próximo: «Como Eu fiz, fazei-o vós também (…) Este é o Meu mandamento: amai-vos uns aos outros como Eu vos amei».

Nada melhor para entendermos a Páscoa cristã do que estes acontecimentos que celebramos na última Ceia.

Na Sé de Angra a celebração da Missa da Ceia do Senhor será pelas 20.00h.

Padre Ângelo Valadão

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