Esta memória facultativa foi aprovada pelo Papa Leão XIII, em 1890, para ser celebrada na Diocese de Tarbes (França), comemorando a primeira manifestação da Virgem Maria a Bernadette Soubirous, em 11 de Fevereiro de 1858. Pio X, em 1908, permitiu a sua introdução no calendário litúrgico, para toda a Igreja. Segundo o relato da vidente, nascida em 1844, numa família extremamente pobre, em Lourdes (França), no dia 11 de Fevereiro de 1858 «Fui com duas amigas apanhar lenha na margem do rio Gave e vi na gruta uma senhora vestida de branco, com uma faixa azul à cintura e uma rosa amarela em cada pé, da cor do rosário que trazia. (…) Quando aquela Senhora fez o sinal da cruz, tentei fazê-lo também; a mão tremia-me, mas consegui». Nas outras quinze manifestações «(…) Repetiu-me várias vezes que dissesse aos sacerdotes para fazerem ali uma capela. Mandava-me ir lavar à fonte e dizia-me que rezasse pela conversão dos pecadores. Várias vezes lhe perguntei quem era. Ela erguendo os braços e levantando os olhos ao céu disse-me que era a Imaculada Conceição» (De uma carta de Bernadette, escrita em 1864, dezoito anos antes da sua morte, ocorrida em 16 de Abril de 1879).Nesta, bem como em outras manifestações marianas há sempre um forte apelo à oração e à penitência. No gesto de fazer o sinal da cruz e de mandar ir lavar-se à fonte, creio haver uma alusão ao batismo, o sacramento regenerador, pela força do Mistério Pascal de Cristo. O nome com que a Senhora se define: «Sou a Imaculada Conceição», vem confirmar a verdade do Dogma da Conceição Imaculada de Maria, proclamado pelo Papa Pio IX, quatro anos antes, em 8 de Dezembro de 1854.O Santuário de Lourdes atrai milhares e milhares de peregrinos de todo o mundo, que buscam naquele local a saúde física e espiritual Por isso, desde há vários anos este é o «Dia Mundial do Doente».

Padre Ângelo Valadão

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