Se hoje não fosse o III Domingo do Advento – o Domingo da Alegria – pela proximidade do Natal, a Igreja estaria a celebrar a memória da Virgem e Mártir Santa Luzia.
Era natural de Siracusa e nasceu nos finais do século III, sendo martirizada na sua cidade natal, no princípio do século IV, durante o reinado do imperador romano Diocleciano.
Uma inscrição encontrada no cemitério de S. João, em Siracusa, atesta que já no século IV, Luzia era venerada como santa: «Na festa de Santa Luzia, martirizada a 31 de Dezembro e para a qual não existem elogios suficientemente grandes…».
Nas catacumbas dessa mesma cidade foram depositados os restos mortais desta Virgem e Mártir, cuja «Paixão» foi escrita nos séculos V e VI e de onde provém a lenda de lhe arrancarem os olhos, por amor a Cristo, lenda que tem origem, seguramente, na etimologia popular do nome de Luzia (lux-Lucis), termo latino que significa «luz».
No século VI já era venerada em Roma, motivo pelo qual o Papa S. Gregório Magno, possivelmente, introduziu o seu nome no Cânone Romano, que hoje figura como a I Anáfora Eucarística.
Padre Ângelo Valadão