A “Festa de Cristo Rei” foi instituída pelo Papa Pio XI, a 11 de dezembro de 1925, em que quis propor ao mundo – saído há pouco da tragédia da I Guerra Mundial – o regresso a Cristo, o reconhecimento da soberania de Cristo sobre a História e sobre a vida dos homens, o reencontro da humanidade com os valores cristãos e com a paz que só Cristo pode dar. 

primeira leitura recorda-nos o momento em que David foi ungido como rei de todo o Israel. O reinado de David tornou-se símbolo e anúncio de um tempo novo, de uma era de justiça, de bem-aventurança e de paz sem fim. 

Evangelho mostra a peculiar resposta de Deus à expetativa de Israel. Jesus é o “ungido de Deus”, o Messias-Rei enviado pelo Pai para inaugurar o reinado de Deus. Contudo, a realeza de Jesus soa estranha e paradoxal aos olhos do mundo: as armas que esse rei leva consigo são o amor e a misericórdia; a autoridade que esse rei reivindica é a do serviço simples e humilde; o trono que este rei ocupa é uma cruz onde Ele derrama o seu sangue em benefício de todos; os soldados que rodeiam esse rei são gente desarmada, que Ele irá enviar pelo mundo a anunciar o amor e a paz; os súbditos desse rei são todos aqueles que aceitam colocar as suas vidas ao serviço de Deus e dos irmãos. Decididamente, a realeza de Deus não funciona segundo a lógica dos grandes da terra.

Na segunda leitura, Paulo apresenta-nos um hino que celebra a grandeza universal de Cristo, aquele que tem soberania sobre toda a criação e que é a cabeça da Igreja. O hino exorta os crentes a fazerem de Cristo a sua referência e a viverem em comunhão com Ele. Por Cristo passa, indubitavelmente, o caminho que conduz à vida eterna.

LEITURA I – 2Samuel 5,1-3

Naqueles dias,

todas as tribos de Israel foram ter com David a Hebron e disseram-lhe:

«Nós somos dos teus ossos e da tua carne.

Já antes, quando Saul era o nosso rei,

eras tu quem dirigia as entradas e saídas de Israel.

E o Senhor disse-te:

“Tu apascentarás o meu povo de Israel, tu serás rei de Israel”».

Todos os anciãos de Israel foram à presença do rei, a Hebron.

O rei David concluiu com eles uma aliança diante do Senhor

e eles ungiram David como rei de Israel.

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 121 (122)

Refrão: Vamos com alegria para a casa do Senhor.

Alegrei-me quando me disseram:

«Vamos para a casa do Senhor».

Detiveram-se os nossos passos

às tuas portas, Jerusalém.

Jerusalém, cidade bem edificada,

que forma tão belo conjunto!

Para lá sobem as tribos,

as tribos do Senhor.

Para celebrar o nome do Senhor,

segundo o costume de Israel;

ali estão os tribunais da justiça,

os tribunais da casa de David.

LEITURA II – Colossenses 1,12-20

Irmãos:

Damos graças a Deus Pai, que nos fez dignos de tomar parte

na herança dos santos, na luz divina.

Ele nos libertou do poder das trevas

e nos transferiu para o reino do seu Filho muito amado,

no qual temos a redenção, o perdão dos pecados.

Cristo é a imagem de Deus invisível,

o Primogénito de toda a criatura;

Porque n’Ele foram criadas todas as coisas

no céu e na terra, visíveis e invisíveis,

Tronos e Dominações, Principados e Potestades:

Ele é anterior a todas as coisas e n’Ele tudo subsiste.

Ele é a cabeça da Igreja, que é o seu corpo.

Ele é o Princípio, o Primogénito de entre os mortos;

em tudo Ele tem o primeiro lugar.

Aprouve a Deus que n’Ele residisse toda a plenitude

e por Ele fossem reconciliadas consigo todas as coisas,

estabelecendo a paz, pelo sangue da sua cruz,

com todas as criaturas na terra e nos céus.

EVANGELHO – Lucas 23,35-43

Naquele tempo,

os chefes dos judeus zombavam de Jesus, dizendo:

«Salvou os outros: salve-Se a Si mesmo,

se é o Messias de Deus, o Eleito».

Também os soldados troçavam d’Ele;

aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre, diziam:

«Se és o Rei dos judeus, salva-Te a Ti mesmo».

Por cima d’Ele havia um letreiro:

«Este é o Rei dos judeus».

Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido crucificados

insultava-O, dizendo:

«Não és Tu o Messias?

Salva-Te a Ti mesmo e a nós também».

Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o:

«Não temes a Deus,

tu que sofres o mesmo suplício?

Quanto a nós, fez-se justiça,

pois recebemos o castigo das nossas más ações.

Mas Ele nada praticou de condenável».

E acrescentou:

«Jesus, lembra-Te de Mim, quando vieres com a tua realeza».

Jesus respondeu-lhe:

«Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso».

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