“Quem quiser ser o primeiro será o servo de todos”

L 1  Is 50, 5-9a; 

Sl 114 (115), 1-2. 3-4. 5-6. 8-9 “O senhor sustenta minha vida”

L 2  Tg 2, 14-18

Ev  Mc 8, 27-35

A liturgia do 25.º Domingo do Comum convida-nos a escolher entre a “sabedoria do mundo” e a “sabedoria de Deus”. A “sabedoria do mundo” talvez nos torne importantes, humanamente falando; mas apenas nos proporciona uma felicidade efémera. A “sabedoria de Deus”, leva-nos ao encontro de algo infinitamente mais valioso: a Vida verdadeira e eterna.

No Evangelho Jesus, imbuído da lógica de Deus, apresenta aos discípulos o caminho que se dispõe a percorrer: é o caminho do dom da vida, do amor até ao extremo, da entrega na cruz. Jesus está plenamente convencido de que esse caminho é o caminho que conduz à Vida plena. Mas os discípulos, impregnados da lógica do mundo, têm dificuldade em comprometerem-se com essa opção: preferem as honras, os privilégios, o poder. Jesus, no entanto, avisa-os de que quem não estiver disponível para abraçar a “loucura da cruz”, não terá lugar na comunidade do Reino.

Na segunda leitura, S. Tiago exorta os discípulos de Jesus a viverem de acordo com a “sabedoria do alto”, que é fonte de paz, de misericórdia e de frutos bons. A recusa em viver de acordo com a “sabedoria do alto” gera divisões, conflitos, ciúmes, discórdias, que causam sofrimento pessoal e impedem a comunhão dos irmãos.

primeira leitura desvenda a estratégia dos “ímpios” para lidarem com os “justos” que os incomodam. Os “justos”, incompreendidos, desprezados, hostilizados a cada passo pelos “ímpios”, não terão uma vida fácil e indolor; mas, coerentes com a sua fé, viverão com o coração cheio de paz e saberão que Deus está do lado deles.

LEITURA I Sb 2, 12.17-20

Leitura do Livro da Sabedoria

Disseram os ímpios: «Armemos ciladas ao justo, porque nos incomoda e se opõe às nossas obras; censura-nos as transgressões à lei e repreende-nos as faltas de educação. Vejamos se as suas palavras são verdadeiras, observemos como é a sua morte. Porque, se o justo é filho de Deus, Deus o protegerá e o livrará das mãos dos seus adversários. Provemo-lo com ultrajes e torturas, para conhecermos a sua mansidão e apreciarmos a sua paciência. Condenemo-lo à morte infame, porque, segundo diz, Alguém virá socorrê-lo.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 53 (54), 3-4.5.6.8 (R. 6b)

Refrão: O Senhor sustenta a minha vida.

Senhor, salvai-me pelo vosso nome,

pelo vosso poder fazei-me justiça.

Senhor, ouvi a minha oração,

atendei às palavras da minha boca.

Levantaram-se contra mim os arrogantes,

e os violentos atentaram contra a minha vida.

Não têm a Deus na sua presença.

Deus vem em meu auxílio,

o Senhor sustenta a minha vida.

De bom grado oferecerei sacrifícios,

cantarei a glória do vosso nome, Senhor.

LEITURA II Tg 3, 16 – 4, 3

Leitura da Epístola de são Tiago

Caríssimos:

Onde há inveja e rivalidade, também há desordem e toda a espécie de más ações. Mas a sabedoria que vem do alto é pura, pacífica, compreensiva e generosa, cheia de misericórdia e de boas obras, imparcial e sem hipocrisia.

O fruto da justiça semeia-se na paz, para aqueles que praticam a paz. De onde vêm as guerras? De onde procedem os conflitos entre vós? Não é precisamente das paixões que lutam nos vossos membros? Cobiçais e nada conseguis: então assassinais. Sois invejosos e não podeis obter nada: então entrais em conflitos e guerras. Nada tendes, porque nada pedis. Pedis e não recebeis, porque pedis mal, pois o que pedis é para satisfazer as vossas paixões.

Palavra do Senhor.

EVANGELHO Mc 9, 30-37

+ Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo são Marcos

Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos caminhavam através da Galileia. Jesus não queria que ninguém o soubesse, porque ensinava os discípulos, dizendo-lhes: «O Filho do homem vai ser entregue às mãos dos homens, que vão matá-l’O; mas Ele, três dias depois de morto, ressuscitará». Os discípulos não compreendiam aquelas palavras e tinham medo de O interrogar. Quando chegaram a Cafarnaum e já estavam em casa, Jesus perguntou-lhes: «Que discutíeis no caminho?». Eles ficaram calados, porque tinham discutido uns com os outros sobre qual deles era o maior. Então, Jesus sentou-Se, chamou os Doze e disse-lhes: «Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos». E, tomando uma criança, colocou-a no meio deles, abraçou-a e disse-lhes: «Quem receber uma destas crianças em meu nome é a Mim que recebe; e quem Me receber não Me recebe a Mim, mas Àquele que Me enviou».

Palavra da salvação.

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