Poderíamos dizer, em síntese, que este 13º Domingo Comum é uma hino de louvor à vida, sobretudo se nos fixarmos na 1ª leitura do livro da  Sabedoria 1, 13-154- 2, 23-24 e na leitura evangélica de Marcos 5, 21-24. 35-43.

Na 1ª leitura é afirmado que «Não foi Deus quem fez a morte, nem Ele se alegra com a perdição dos vivos». Deus cria a vida e oferece-a à humanidade, modelada à Sua imagem e semelhança. Ele dá a vida quando ela está perdida, como nos testemunha o Evangelho de Marcos ao narrar-nos a ressuscitação da filha de Jairo.

Este milagre de Jesus é, na continuidade do do Domingo anterior (a tempestade acalmada), uma catequese do Evangelista sobre a «fé».

A fé leva Jairo a pedir a intervenção de Jesus em favor da sua filha «que está a morrer». Embora os presente  vejam esse pedido como inútil, «porque a sua filha já morreu», Jairo ouve da boca de Jesus estas palavras: «Não temas, basta que tenhas fé».  Com fé acompanha Jesus até ao lugar onde está a menina e testemunha a ressuscitação da filha, que se «levanta», quando Jesus a toma pela mão e lhe diz: «Talita Kum», que significa: «Menina, Eu te ordeno: levanta-te.» O verbo «levantar» tem aqui, como em outras passagens bíblicas, o sentido de ressurreição, o novo surgir da vida.

À luz destes textos bíblicos, interroguemo-nos:  Respeitamos, defendemos e promovemos a nossa vida e a dos nossos irmãos? Que significado tem para nós esta expressão tão usual: «aproveita a vida»?  Acreditamos na vida para além da morte? Acreditamos em Jesus que nos disse: «Eu sou a ressurreição e a vida, quem acredita em Mim não morrerá», ou «rimo-nos d`Ele», como os que estavam presentes em casa de Jairo?

Padre Ângelo Valadão

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