Neste e no próximo Domingo deste tempo litúrgico da Páscoa, escutamos a leitura evangélica de textos tirados do 4º Evangelho. O Apóstolo e Evangelista S. João relata-nos o diálogo íntimo de Jesus com os discípulos durante a Última Ceia. Neste 5º Domingo da Páscoa vamos escutar Jo 15, 1-8, em que Jesus fala da necessidade de «permanecer» n`Ele para dar fruto. A «alegoria da videira» serve para catequizar os Apóstolos e, na pessoa deles todos nós, sobre a necessidade de «permanecermos» unidos a Ele, como os «ramos unidos à cepa da videira», para podermos «ter vida» e «produzirmos frutos».
Como podemos «permanecer» n´Ele? Comungando o Seu Corpo e bebendo o Seu Sangue, sinais da Sua entrega por amor até à morte, assimilando a existência de Jesus feita serviço e entrega por amor até ao dom total de Si mesmo. Acolhermos a Sua proposta de vida e comprometer-nos a uma existência feita entrega a Deus e aos irmãos. No entanto, o «permanecer n`Ele», um verbo que aparece sete vezes neste pequeno texto, não é uma acção automática, realizada de uma vez para sempre, mas tem de ser continuamente renovada para podermos produzir bons frutos, isto é, testemunharmos ao mundo através de gestos concretos de amor, de justiça, de paz, de perdão, que estamos verdadeiramente «unidos à cepa da videira», que é Jesus Cristo, porque «sem Ele nada podemos fazer».
Neste 1º Domingo de mês de Maio, dedicado pela piedade popular a Maria. Mãe de Jesus, celebramos desde há vários anos o «Dia da Mãe». Quanto não devemos às nossas mães!
Que a celebração deste dia junte em coro as nossa vozes para manifestarmos todo o amor e gratidão para com as nossa mães. Com elas, Maria partilha a sua responsabilidade materna, carrega os sofrimentos e as dificuldades dos seus filhos.
Padre Ângelo Valadão