Ambrósio, oriundo de uma nobre família cristã de origem romana, nasceu em Tréveris, na antiga Gália, à volta dos anos 337-339. Depois da morte do pai foi para Roma, dedicando-se apaixonadamente ao estudo e ingressando depois na vida pública. Foi governador de Emília e da Ligúria.

No ano 370 foi enviado pelo imperador para Milão. Depois da morte do bispo ariano Ausencio, no ano 374, houve grandes tumultos naquela cidade, por causa da nomeação do seu sucessor. Os arianos e os fiéis à doutrina católica envolveram-se em grandes conflitos. A obra de pacificação realizada por Ambrósio foi tão persuasiva que todo o povo o aclamou com seu bispo: «É de Ambrósio que precisamos como bispo».

No entanto, Ambrósio sendo ainda catecúmeno, foi baptizado, sendo pouco depois ordenado sacerdote e bispo, no ano 374.

Como pastor exemplar mostrou-se incansável na alimentação espiritual do seu povo, quer através do pão da Palavra, quer na organização da liturgia e foi indómito defensor da liberdade da Igreja.

Em 387, teve o privilégio de batizar o jovem Agostinho, professor de retórica em Milão, convertido ao catolicismo e que seria um dos maiores génios do cristianismo.

Santo Ambrósio figura entre os grandes doutores da Igreja do Ocidente pela riqueza dos seus «Comentários bíblicos», com a sua obra sobre «os Mistérios», isto é, os sacramentos. Compôs ainda numerosos hinos litúrgicos que revelam o dom poético de que era possuidor. Morreu em Milão e o seu corpo foi velado na Catedral daquela cidade, na Vigília Pascal, do ano 397.

Padre Ângelo Valadão

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