João Kuncewicz nasceu em 1584, em Vladimir, na altura pertencente à Polónia, no seio de uma família Ortodoxa. Convertido ao Catolicismo, entrou aos vinte e quatro anos para a Ordem de S. Basílio, do rito bizantino, tomando o nome de Josafat.

Em 1618 foi eleito abade do Mosteiro de Vilnius (Lituânia) e procurou incansavelmente a união dos cristãos orientais separados de Roma.

Em 1623, com trinta e nove anos de idade foi nomeado arcebispo de Polostk e continuou a lutar pelo objetivo da união das Igrejas.

Como afirmou o Papa Pio XI, no terceiro centenário do martírio do Bispo S. Josafat (1923): «Preocupado principalmente com a união dos seus compatriotas à Cátedra de Pedro, procurava por toda a parte quantos argumentos pudesse promove-la ou confirmá-la, sobretudo consultando os livros litúrgicos que os orientais e os próprios dissidentes costumavam usar por prescrição dos Santos Padres. Utilizando tão diligente preparação, começou a trabalhar pela unidade ao mesmo tempo com tal firmeza e brandura e também com tanto fruto, que os próprios adversários lhe chamaram: conquistador de almas».

Em 1623 foi assassinado por um grupo de adversários que se opunham ao restabelecimento das relações entre a Igreja Ortodoxa e a Igreja Católica. Foi o primeiro santo, pertencente a uma Igreja Oriental, unida a Roma a ser canonizado pelas Igreja Católica, em 1687.

A sua memória litúrgica deve empenhar-nos na causa ecuménica, restabelecida pelo Concílio Vaticano II, baseada no diálogo e no respeito pela diversidade dos ritos e das tradições.

Padre Ângelo Valadão

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