A liturgia deste dia é, toda ela, um hino ao amor de Deus. Em Jesus, o menino nascido em Belém, Deus veio ter connosco e falou-nos, com palavras e gestos humanos, para nos oferecer a Vida plena e para nos elevar à dignidade de “filhos de Deus”.

Na primeira leitura, Isaías anuncia a chegada do Deus libertador. Ele é o rei que traz a paz e a salvação, proporcionando ao seu Povo uma era de felicidade sem fim. O profeta convida, pois, a substituir a tristeza pela alegria, o desalento pela esperança. A segunda leitura apresenta, em traços largos, o plano salvador de Deus. Insiste, sobretudo, que esse projeto alcança o seu ponto mais alto com o envio de Jesus, a “Palavra” de Deus que os homens devem escutar e acolher. O Evangelho desenvolve o tema esboçado na segunda leitura e apresenta a “Palavra” viva de Deus, tornada pessoa em Jesus. Sugere que a missão do Filho, “Palavra” viva de Deus, é completar a criação primeira, eliminando tudo aquilo que se opõe à vida e criando condições para que nasça o Homem Novo, o homem da vida em plenitude, o homem que vive uma relação filial com Deus.

LEITURA II – Isaías 52,7-10

Como são belos sobre os montes os pés do mensageiro que anuncia a paz,
que traz a boa nova, que proclama a salvação e diz a Sião: «O teu Deus é Rei».
Eis o grito das tuas sentinelas que levantam a voz.
Todas juntam soltam brados de alegria, 

porque veem com os próprios olhos o Senhor que volta para Sião.

Rompei todas em brados de alegria, ruínas de Jerusalém,

porque o Senhor consola o seu povo, resgata Jerusalém.

O Senhor descobre o seu santo braço à vista de todas as nações,

e todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus.

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 97 (98)

Refrão: Todos os confins da terra viram a salvação do nosso Deus.

Cantai ao Senhor um cântico novo

pelas maravilhas que Ele operou.

A sua mão e o seu santo braço

Lhe deram a vitória.

O Senhor deu a conhecer a salvação,

revelou aos olhos das nações a sua justiça.

Recordou-Se da sua bondade e fidelidade

em favor da casa de Israel.

Os confins da terra puderam ver

a salvação do nosso Deus.

Aclamai o Senhor, terra inteira,

exultai de alegria e cantai.

Cantai ao Senhor ao som da cítara,

ao som da cítara e da lira;

ao som da tuba e da trombeta,

aclamai o Senhor, nosso Rei.

LEITURA II – Hebreus 1,1-6

Muitas vezes e de muitos modos 

falou Deus antigamente aos nossos pais, pelos Profetas.

Nestes dias, que são os últimos, falou-nos por seu Filho,

a quem fez herdeiro de todas as coisas e pelo qual também criou o universo.

Sendo o Filho esplendor da sua glória e imagem da sua substância,

tudo sustenta com a sua palavra poderosa.

Depois de ter realizado a purificação dos pecados,

sentou-Se à direita da Majestade no alto dos Céus

e ficou tanto acima dos Anjos quanto mais sublime que o deles

é o nome que recebeu em herança.

A qual dos Anjos, com efeito, disse Deus alguma vez:

«Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei»?

E ainda: «Eu serei para Ele um Pai e Ele será para Mim um Filho»?

E de novo, quando introduziu no mundo o seu Primogénito, disse:

«Adorem-n’O todos os Anjos de Deus».

ALELUIA 

Santo é o dia que nos trouxe a luz. Vinde adorar o Senhor.

Hoje, uma grande luz desceu sobre a terra.

EVANGELHO – João 1,1-18

No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus.

No princípio, Ele estava com Deus.

Tudo se fez por meio d’Ele e sem Ele nada foi feito.

N’Ele estava a vida e a vida era a luz dos homens.

A luz brilha nas trevas, e as trevas não a receberam.

Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João.

Veio como testemunha, para dar testemunho da luz,

a fim de que todos acreditassem por meio dele.

Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz.

O Verbo era a luz verdadeira, que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem.

Estava no mundo, e o mundo, que foi feito por Ele, não O conheceu.

Veio para o que era seu, e os seus não O receberam.

Mas, àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome,

deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.

Estes não nasceram do sangue, 

nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.

E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós.

Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito,

cheio de graça e de verdade.

João dá testemunho d’Ele, exclamando:

«Era deste que eu dizia: ‘O que vem depois de mim passou à minha frente,

porque existia antes de mim’».

Na verdade, foi da sua plenitude que todos nós recebemos graça sobre graça.

Porque, se a Lei foi dada por meio de Moisés,

a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.

A Deus, nunca ninguém O viu.

O Filho Unigénito, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer.

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